Segundo as Diretrizes de Formação Continuada da Rede Pública de Ensino do Distrito Federal (DISTRITO FEDERAL, 2018), o processo formativo acontece pelas demandas e necessidades de seu público-alvo. Assim, ele se destina a auxiliar os profissionais da educação frente aos problemas e desafios que constantemente afetam seu espaço de trabalho. Os cursos elaborados pela Subsecretaria de Formação Continuada dos Profissionais de Educação (EAPE) estão de acordo com essas diretrizes, que pensam o processo formativo como sendo contínuo e constantemente atualizado conforme os diferentes desafios que se apresentam para os professores durante o exercício de seu trabalho. Tendo por objetivo manter o engajamento para a superação da ordem social vigente, a formação para o trabalho educativo preza pela cidadania do educando para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar frente às condições adversas, principalmente diante do contexto atual pandêmico.
A esse respeito, as ações de formação (...) terão como referência a formação crítica-emancipadora dos sujeitos que dela fizerem parte, por meio do levantamento prévio das demandas de formação continuada, com base nas necessidades e prioridades da SEEDF e da definição dos temas que nortearão os cursos a serem ofertados, seguidos da divulgação, das inscrições e da formação de turmas, considerando o público-alvo e a certificação. (DISTRITO FEDERAL, 2018, p. 10).
A pandemia causada pela covid-19 demandou urgentemente a questão de pensar a implementação de estratégias de aprendizagem, e a EAPE assumiu um papel protagonista na formação de profissionais da educação nesse cenário. Logo, fez-se necessário pensar uma aprendizagem significativa para que os estudantes do Distrito Federal continuassem tendo a oferta de uma educação cidadã que, até então, acontecia pelo modelo presencial e agora precisava passar por mudanças para ser realizada no formato remoto. A EAPE enfrentou o desafio de manter a característica de oferecer uma formação continuada de professores que preparasse a comunidade escolar para pensar e agir como agentes incentivadores não só pela permanência dos estudantes nos estudos, como também pelo envolvimento desses na realização e participação das atividades propostas, mesmo sendo essas agora a distância.
Desse modo, o objetivo da ação estratégica naquele momento do início da pandemia era de garantir o acontecimento tanto do ensino como da aprendizagem dos estudantes, tendo em vista que o impedimento das aulas presencias era posto inicialmente pelo Decreto n° 40.509 de 11 de março de 2020, publicado em edição extra do Diário Oficial do Distrito Federal, que, até então, suspendia as atividades escolares por apenas cinco dias, mas, diante do agravamento da situação, foi logo substituído e prologado durante meses. Somente em julho houve a certeza do não retorno presencial das atividades, com a publicação do novo calendário escolar que reiniciava o ano letivo de 2020 em 13 de julho, só que agora com todas as atividades pelo modelo remoto.
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Texto de Vinícius Silva de Souza
Vinícius Silva de Souza – é Doutorando em Educação na linha de pesquisa Estudos Comparados em Educação - ECOE, vinculada ao Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília - PPGE/FE/UnB, campus universitário Darcy Ribeiro. Integra o grupo de pesquisa GERAJU - Gerações e Juventude (www.geraju.net.br), coordenado pelas professoras Wivian Weller e Sinara Pollom Zardo. Mestre em Ética e Filosofia Política sob o tema do Homo Faber segundo Hannah Arendt pela Universidade de Brasília. Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Atualmente é Professor Efetivo da Secretária de Educação do Distrito Federal na Subsecretaria de Formação Continuada dos Profissionais da Educação - EAPE. Foi professor substituto de Filosofia da Educação e História da Educação na Faculdade de Educação da UnB.
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